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2010: 70% dos assaltos a banco ocorreram no interior de Mato Grosso

04-12-2010 01:51

Conforme levantamento do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, 17 assaltos foram registrados no estado somente em 2010. Deste total, 12 ocorreram em cidades do interior do estado. Ou seja, 70% das ocorrências foram registradas no interior. Isso vem acontecendo em Mato Grosso por conta do baixo efetivo policial nessas localidades, o que facilita a ação das quadrilhas especializadas em roubos a banco.

A última cidade a sofrer com a ação dos bandidos foi Campo Novo do Parecis (396 km de Cuiabá).  Para se ter uma ideia, a cidade conta apenas com cerca de 20 policiais, de acordo com informações da polícia local.

Segundo recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), seria necessário um policial para cada 250 habitantes. De acordo com levantamento da Associação Matogrosense dos Municípios (AMM), Campo Novo do Parecis tem 17.638 habitantes. Levando em consideração a recomendação da ONU, seriam necessários 70 policiais para garantir a segurança dos moradores da cidade.

Nesta quinta-feira, os assaltantes invadiram uma agência do Banco do Brasil de Campo Novo do Parecis, fizeram 40 reféns e atearam fogo no banco, destruindo o sistema de segurança, o que dificulta a identificação dos criminosos. Os reféns foram usados como um escudo humano, enquanto os marginais trocavam tiros com a polícia, que cercou a agência bancária. O delegado Eder Cley de Santana Leal foi atingido com um disparo na perna. Ele foi encaminhado ao hospital da cidade e passa bem.

Os bandidos estavam armados com fuzis e para a fuga utilizaram duas caminhonetes, modelo S-10. Os reféns foram levados pelos assaltantes para evitar qualquer atitude da polícia. Os funcionários e clientes do banco só foram libertados após terem percorrido 70 quilômetros sob a mira dos assaltantes. Dezoito testemunhas já prestaram depoimento à equipe de investigação.

Por conta do baixo efetivo da polícia, policiais de 10 cidades próximas a Campo Novo do Parecis auxiliam nas buscas aos bandidos. Policiais do Batalhão de Operação Especiais (BOPE), do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e do Grupo de Operações Especias (GOE) de Cuiabá também estão nas buscas. O helicóptero da Coordenadoria do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer) também foi enviado à cidade.  Com todos esses reforços, 150 homens trabalham na busca da quadrilha.

Até agora ninguém foi preso.  A última informação é de que os assaltantes saquearam e passaram a noite em uma fazenda distante a mais de 100 quilômetros de Campo Novo do Parecis.

Outros assaltos

Cenas semelhantes às vistas em Campo Novo do Parecis também foram registradas em Nova Mutum. Por duas vezes a agência do Banco do Brasil da cidade foi assaltada. Em uma delas os reféns também foram usados como escudo humano.

Outras cidades também foram alvo este ano. São elas: Canarana, Confresa, Cáceres, Colíder, Poconé, Aripuanã, Nova Guarita, Nova Ubiratã, Jangada, Nossa Senhora do Livramento. Também foram registrados 4 assaltos a banco em Cuiabá e 1 em Várzea Grande.

Presença

O secretário jurídico do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Alex Rodrigues, está em Campo Novo do Parecis. De acordo com a assessoria do Sindicato, Rodrigues se deslocou até a cidade para garantir que os funcionários sejam amparados pela agência bancária.

Segundo a assessoria de imprensa, há 5 anos o sindicato vem fazendo pedidos ao governo do estado e aos parlamentares para que a segurança seja reforçada principalmente nas agências do interior do estado. Porém, os crimes continuam ocorrendo.

PM

A assessoria da Polícia Militar informou que não há como aumentar o efetivo policial imediatamente no interior do estado, porém no último concurso realizado pelo governo, mil vagas foram destinadas a seleção de policiais militares. Segundo a assessoria, parte dos aprovados no concurso será lotada principalmente em cidades do interior que possuem agências bancárias.

Hoje o estado conta com um efetivo de pouco mais de 6 mil policiais, enquanto o ideal é 12 mil. Ainda segundo a assessoria da PM, até 2014 o efetivo da Polícia Militar deverá chegar a 10 mil homens.

A PM defende que as agências bancárias devam fazer a sua parte. Além do governo do estado garantir a presença de mais policiais, os bancos deveriam investir mais em segurança, afinal o que está em jogo são vidas de funcionários e clientes. Contudo, o que se vê é exatamente o inverso. Ao invés de reforçar a segurança, o Banco do Brasil, uma das principais agências atacadas, quer retirar as portas giratórias e os detectores de metais.

 Autor: Michely Figueiredo PnB Online

Fonte: O NORTÃO