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| Fotos: O Pioneiro |
As condições precárias de funcionamento da Delegacia de Polícia de Canarana e da Cadeia Pública as tornam uma verdadeira “bomba relógio”. Apenas um agente trabalha nos plantões noturnos e finais de semana da delegacia e na Cadeia Pública também há problema de efetivos e inclusive já foi palco de uma fuga em massa.
Na Depol, os agentes trabalham sob risco, já que um único servidor fica nos plantões, e responsável pelas ocorrências, armas, arquivos e objetos de valor do órgão. Por conta disso, atualmente não são registrados boletins de ocorrência no período noturno, a não ser com a presença de policiais militares.
E pior: toda vez que o plantonista precisa se alimentar, acaba tendo que deixar a delegacia sem ninguém. Inclusive, por conta disso, um detento morreu queimado durante incêndio na cela no momento em que o investigador tinha saído para fazer refeição.
Tempos atrás, um usuário de drogas perseguiu a plantonista quando ela saia para jantar. Desesperada, a servidora foi obrigada a se trancar na delegacia e chamar a Polícia Militar.
Segundo o site O Pioneiro, a porta da frente da delegacia é de vidro, material fácil de ser quebrado. “Na verdade todo prédio é inadequado para o funcionamento de uma Delegacia de Polícia. Constantemente chove dentro, causando transtornos para os servidores”, diz o site...
Outra denúncia de O Pioneiro é em relação a Cadeia Pública de Canarana, que fica ao lado da Delegacia de Polícia. Segundo o site, o efetivo é pequeno e faltam armas para garantir a segurança no local. No ano passado inclusive ocorreu uma fuga em massa quando dez detentos conseguiram escapar, entre eles um traficante que havia sido preso com 23 kg de crack. Na oportunidade, os detentos renderam e prenderam o único agente numa cela e depois fugiram levando a chave da viatura do presídio. O traficante ainda continua foragido.
E na última sexta-feira faltou luz na região da cidade em que se encontra a Cadeia Pública. A Cemat demorou várias horas para resolver o problema. Nesse tempo, o único agente ficou as escuras na segurança do presídio, já que não há gerador de energia. As câmeras de vídeo ficaram todas desligadas, o que poderia ter facilitado uma fuga dos presos. (com Rafael Govari/O Pioneiro)