O bloco batizado de Mato Grosso Muito Mais, que tenta se firmar com PSB, PPS, PV, PDT e até com o PSDB, está fadado ao fracasso. Cada partido e seus líderes puxam para um lado. O PSB segue numa eterna briga entre o deputado federal Valtenir Pereira, a estadual Luciene Bezerra e o empresário Mauro Mendes, pré-candidato a prefeito da Capital. Valtenir conduz a legenda em sintonia com o governo Silval Barbosa. Mendes quer se manter na oposição mas, ao mesmo tempo, abriu diálogo com legendas governistas sobre possibilidade de mudança partidária.
O PPS do deputado estadual Percival Muniz não tem foco. Depois de despencar de maior sigla no Estado, na época em que contava com o então governador Blairo Maggi como filiado, para um dos menores, o PPS só faz barulho. O PDT do senador Pedro Taques sugere projeto maior para as eleições de 2014, mas enfrenta divergências internas e está cometendo os mesmos erros estratégicos das demais agremiações dominadas por caciques por antecipar em praticamente quatro anos o processo eleitoral.
No PSDB, a confusão é maior. Seu presidente municipal, deputado Guilherme Maluf, é pré-candidato a prefeito da Capital e, ao mesmo tempo, dá sustentação à gestão Chico Galindo (PTB), possível adversário e, de quebra, ainda transita livre no Palácio Paiaguás, onde indicou alguns aliados em cargos. O PTB até que foi convidado para integrar o bloco, mas caiu fora antes de entrar no barco porque Galindo preferiu se aproximar do governador Silval Barbosa.
Como faltam 18 meses para as eleições municipais, os partidos atiram para todo lado e se misturam porque quase todos os seus líderes priorizam os interesses pessoais. Quem leva vantagem com isso é o governador, que administra com ampla maioria e, com poder da máquina, neutraliza os que tentam se opor. O PMDB, sob o cacique Carlos Bezerra, mesmo desgastado, sai na frente porque se mostra o mais organizado quanto ao mapeamento de pré-candidaturas visando o pleito do próximo ano.
Fonte: Notícias NX