Após décadas de luta e recente denúncia do Greenpeace, os índios Xavante da Terra Indígena (TI) Marãiwatsédé ganham na justiça o direito de reocupar suas terras.
Apesar de regulamentada pelas autoridades em 1998, os Xavantes foram impedidos de voltar às suas terras graças à presença ilegal de criadores de gado e produtores de grãos em 90% dos 165 mil hectares a que os indígenas têm direito.
A ocupação e o desmatamento ilegais em regiões dentro da Amazônia Legal, como a TI Marãiwatsédé, motivaram a produção do relatório- denúncia do Greenpeace “A Farra do boi na Amazônia”, em junho de 2009.
Para Edson Beiriz, indigenista da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), “a denúncia do Greenpeace foi fundamental para o avanço do processo de reconhecimento da posse dos Xavante”.
Os Xavante, no entanto, ainda não podem comemorar. Armados, os fazendeiros da região já organizam represálias contra os índios, e o que se anuncia é um conflito mais grave do que o da disputa pela TI Raposa Serra do Sol. Para Beiriz “o Estado precisa agora estruturar um plano de reocupação, articulando FUNAI, Polícia Federal e Incra, pelas famílias alocadas pela reforma agrária”.
Fonte: www.24horasnews.com.br